A ministra da Defesa pede serenidade para que a justiça continue a trabalhar e possa concluir o caso Tempestade Perfeita. O PCP diz que a investigação deve ser célere e o Chega voltou a pedir demissão do atual ministro dos Negócios Estrangeiros.
Numa breve declaração, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, fez questão de dizer por várias vezes que a justiça está a trabalhar e que os resultados estão à vista.
Questionada sobre o caso que envolve funcionários do Ministério, disse apenas que não lhe compete especular, mas sim garantir que situações semelhantes não se repitam no futuro.
“É preciso dar espaço e serenidade para darmos espaço às instituições para funcionarem, não devemos condicionar o seu trabalho”, afirmou.
Um trabalho que o PCP receia que se possa arrastar ao longo de anos, como aconteceu com outros casos, e pede, por isso, rapidez à justiça para concluir a investigação de crimes de corrupção passiva e ativa, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.
“Havendo culpados que sejam culpados, havendo inocentes que sejam inocentados (...) porque aquilo que menos serve o país é casos deste tipo que se arrastam sem desfecho final”, defendeu Paulo Raimundo.
O Chega voltou a pedir a demissão de João Gomes Cravinho, ministro da Defesa à data dos acontecimentos. André Ventura diz que ninguém pode ficar indiferente à gravidade do caso Tempestade Perfeita.
“O Chega vai pedir a demissão [de João Gomes Cravinho] porque é o principal responsável pelo conjunto de factos relatados nesta acusação”, informou André Ventura.
O partido quer ouvir com urgência no Parlamento João Gomes Cravinho e a atual ministra da Defesa assim que os trabalhos recomecem, no próximo mês.