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Tempestade Perfeita: sete funcionários do Ministério da Justiça acusados

A investigação apurou que o Estado perdeu mais de um milhão de euros por causa de favorecimentos e compensações monetárias e patrimoniais, em particular em obras.

Ana Filipa Nunes

SIC Notícias

Há 73 acusados no caso Tempestade Perfeita, sete são funcionários do Ministério da Defesa. De acordo com o Ministério Público, recebiam dinheiro e bens materiais em troca de adjudicações de contratos a empresas.

A investigação apurou que o Estado perdeu mais de um milhão de euros por causa de favorecimentos e compensações monetárias e patrimoniais, em particular em obras.

Dois dos empresários alegadamente beneficiados estão relacionados com a Romapremium e a Weltbauen. Empresas que Alberto Coelho contratou, em ajuste direto, para executar as obras do ex-hospital militar de Belém.

Trabalhos que derraparam de 750 mil euros para 3,2 milhões e motivaram uma auditoria da Inspeção-Geral da Defesa Nacional.

No centro do processo estão Alberto Coelho, Paulo Branco e Francisco Marques. De acordo com a acusação, o esquema passava por anular cabimentos e despesas fracionadas sem a documentação exigida.

De acordo com o advogado de Paulo Branco, a acusação é uma surpresa porque especula sobre cenários e significados de conversas. A defesa acrescenta ainda que foi ignorada a colaboração espontânea dada pelo acusado sobre a intervenção do próprio e de terceiros.

O Ministério Público requer pena acessória de proibição do exercício de função aos funcionários da Direção-Geral de Recursos. Os arguidos estão acusados de corrupção passiva e ativa, peculato, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.

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