A Comissão de Trabalhadores (CT) da MEO, propriedade da Altice, vai ser recebida, esta terça-feira, no Ministério das Infraestruturas. Em causa está a Operação Picoas, que investiga alegados atos de corrupção por dirigentes da Altice Portugal.
A CT mostrou-se preocupada com o processo em curso e quer garantias sobre a continuidade dos postos de trabalho na filial portuguesa da empresa. Informa também que estará disponível para prestar apoio ao Ministério Público durante a toda a investigação.
O encontro no Ministério das Infraestruturas, liderado por João Galamba, está marcado para o período da manhã desta terça-feira.
Prisão domiciliária para Armando Pereira e Hernâni Antunes
Foram conhecidas, ao final da tarde desta segunda-feira, as medidas de coação para os quatro arguidos da operação Picoas. Aos dois principais arguidos, Armando Pereira e Hernâni Antunes, foi aplicada a prisão domiciliária sem vigilância eletrónica e ficam ambos sem acesso aos passaportes.
Uma vez que a prisão domiciliária é sem vigilância eletrónica, o juiz oficiou a GNR, que tem a área territorial de Guilhofrei e Pedralva - onde moram os dois arguidos - para vigiar o cumprimento da medida.
Já a Jéssica Antunes, filha do advogado, e ao contabilista Álvaro Loureiro foram aplicadas cauções de 500 mil euros e 250 mil euros, respetivamente, para saírem em liberdade.
Recorde-se que, o Ministério Público (MP) pedia medidas de coação mais pesadas, designadamente a prisão preventiva para o advogado Hernâni Antunes e a prisão domiciliária, convertível numa caução de 10 milhões de euros.
Os quatro suspeitos da operação, que investiga suspeitas de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais, estão detidos há mais de uma semana.