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Cirurgias cardíacas vão passar a ser realizadas na Covilhã

O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, no dia em que visitou as obras do novo centro de saúde de Seia.

SIC Notícias

Apesar do clima de contestação social na saúde, o Ministro diz-se confortável no fato. Especialmente quando o PRR paga o novo centro de saúde de Seia em reconstrução há menos de um mês.

“Uma obra que é de requalificação de um centro de saúde, mas é uma obra que praticamente construirá um novo centro de saúde. Um investimento de dois milhões de euros, para estar pronto no final do ano de 2024 e que vai permitir resolver problemas estruturais dos cuidados de saúde primários aqui em Seia.”, disse Manuel Pizarro ao falar do centro de saúde de Seia.

O edifício dos anos 60 do século passado vai ficar de cara lavada e deve reabrir em janeiro de 2025. Data em que o ministério da Saúde também conta reunir condições e centrar na Covilhã os meios de cirurgia cardíaca de toda a beira interior.

Para já os cateterismos obrigam a derivações de doentes para os hospitais de Viseu ou Coimbra.

“Eu já assinei o despacho que permitirá a instalação de uma angiografia cardíaca na Covilhã. O que significa que só em 2023 há já três novos hospitais com angiografia cardíaca, Guimarães, Aveiro e agora a Covilhã", disse Pizarro.

O Ministro da Saúde diz que estes avanços tecnológicos mostram o que está a ser feito para “valorizar” o Serviço Nacional de Saúde.

Meios tecnológicos estão a caminho mas equipa ainda não há. É crónico o problema de falta de médicos na região. Na obstetrícia por exemplo, o bloco de partos da Guarda esteve em risco de fechar em dias assinalados deste mês de julho, mas o recrutamento público de obstetras resolveu o problema.

“Surtido efeito veio um colega de Lisboa e uma outra colega de Viseu, com mais alguns profissionais do serviço e assim foram concluídos, não há encerramento nem do bloco de partos, nem da obstetrícia em si.”, explicou Fátima Cabral, diretora clínica da ULS da Guarda.

Julho passou no teste, mas em agosto as escalas ainda não estão fechadas. Há obstetras em défice e a cadência de nascimentos também é reduzida, mas a ordem é para as três maternidades da beira interior manterem um serviço de proximidade.

“Nesta zona do país nós não consideramos adequado encerrar nenhuma das maternidades. Não quer dizer não tenhamos preocupação com os recursos humanos relativamente escassos das maternidades da Beira Interior.”, sublinhou Manuel Pizarro.

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