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Operação Picoas: Alexandre Fonseca exige "clarificação de todos os factos”

É a primeira reação de Alexandre Fonseca após as buscas. Garante ser “completamente alheio” ao processo e manifesta-se disponível para colaborar com as autoridades.

JOSÉ SENA GOULÃO / LUSA

SIC Notícias

Lusa

Depois de suspender funções no grupo Altice, Alexandre Fonseca exige uma "clarificação dos factos" e garante ser "completamente alheio" ao que tem vindo a público

Numa mensagem publicada no Linked, o sócio-fundador do grupo comenta pela primeira vez a Operação Picoas e as buscas de que foi alvo. A publicação – que começa pelo comunicado divulgado pela Altice para anunciar a suspensão de funções – Alexandre Fonseca garante que vai “exigir a clarificação de todos os factos”, de forma a proteger a sua “integridade, bom nome e currículo publicamente reconhecido e valorizado”.

“Reitero que não abdicarei de dar o meu total contributo e fazer a minha parte, pois, tenho muito orgulho no que construí e desenvolvi na minha vida pessoal, familiar e profissional, nomeadamente, em Portugal e no Grupo Altice”, remata.

A Operação Picoas, desencadeada em 13 de julho, levou a três detenções, entre as quais a do cofundador do grupo Altice Armando Pereira, contou com cerca de 90 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo a sede da Altice Portugal, em Lisboa, e instalações de empresas e escritórios em vários pontos do país, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) do Ministério Público (MP).

Em causa, alegadamente, está uma "viciação do processo decisório do grupo Altice em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência", que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva.

As autoridades consideram que a nível fiscal o Estado terá sido defraudado numa verba "superior a 100 milhões de euros".

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