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Ministra da Defesa afirma "prevenção da corrupção" como prioridade

Após o seu secretário de Estado se demitir no âmbito da operação Tempestade Perfeita, Helena Carreiras tem tentado demonstrar que a área que tutela visa e inspeciona todas as práticas que possam levar a criminalidade.

SIC Notícias

A ministra da Defesa garante total disponibilidade para colaborar com as autoridades no âmbito do processo “Tempestade Perfeita” que investiga suspeitas de corrupção que envolvem o ex-secretário de Estado. Helena Carreiras diz ainda que tem sido dada prioridade à prevenção da criminalidade na área que tutela.

“No meu mandato temos dado muitíssima atenção e prioridade a tudo o que tem a ver com a necessidade de reforçar e promover a transparência e a prevenção da corrupção e da criminalidade económica e financeira na área da defesa”, esclareceu Helena Carreiras.

O Ministério Público e a Polícia Judiciária investigam uma rede de altos quadros da Defesa que alegadamente recebiam contrapartidas de dinheiro e de bens materiais em troca de adjudicações de contratos a empresas.

O processo conhecido como "Tempestade Perfeita" conta com três arguidos no Ministério da Defesa, mas as suspeitas estendem-se às Finanças.

Neste âmbito, a ministra da Defesa garantiu que estão a ser feitas as devidas investigações e inspeções para manter a integridade, credibilidade e transparência no setor que tutela.

“Para além de várias inspeções que foram desenvolvidas e estão a ser desenvolvidas pela Inspeção Geral da Defesa Nacional a todas as entidades da esfera da Defesa, incluindo o setor empresarial do Estado, o Ministério da Defesa Nacional que tem a oferecido desde o primeiro momento, e continuará a fazê-lo, toda a colaboração com as autoridades judiciais para apurar o que houver a apurar e, portanto, esse o meu foco”, concluiu.

A ministra da Defesa solicitou ao Tribunal de Contas uma auditoria financeira à idD Portugal Defence, depois de Marco Capitão Ferreira, ex-secretário de Estado que presidiu a esta 'holding', ter sido constituído arguido na semana passada. A ministra e ex-ministro serão ouvidos no Parlamento, sem data definida.

O jurista Marco Capitão Ferreira, que se demitiu do cargo de secretário de Estado da Defesa Nacional, esteve envolto em várias polémicas neste setor mesmo antes de assumir funções no executivo socialista de maioria absoluta.

Marco Capitão Ferreira foi responsável por várias empresas da Defesa com participação pública, antes de ser nomeado secretário de Estado: foi presidente da comissão liquidatária da Empordef e logo a seguir presidente do conselho de administração da IdD Portugal Defense. Em ambos os casos foi nomeado pelo ex-ministro da Defesa, João Gomes Cravinho.

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