Os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal cumprem esta sexta-feira uma greve de 24 horas, estando previstos fortes constrangimentos na circulação de comboios em todo o país.
Segundo a CP, citada pela Lusa, a greve da IP levou esta sexta-feira à supressão de 164 comboios dos 254 programados (64,6%) entre as 00:00 e as 08:00.
Nos urbanos de Lisboa, foram suprimidos 85 dos 115 previstos. No Porto, estavam previstos 53, mas 28 foram suprimidos. Nos comboios de longo curso, realizaram-se sete das 12 ligações previstas.
O tribunal arbitral decretou serviços mínimos, mas a CP alertou para os condicionamentos provocados pela paralisação.
Num comunicado, a CP alertou que, "por motivo de greve, convocada por organizações sindicais representativas dos trabalhadores da IP - Infraestruturas de Portugal (gestor da infraestrutura ferroviária), prevêem-se fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, no dia 14 de julho, com possível impacto nos dias anterior e seguinte ao período de greve".
Na quinta-feira, a Fertagus, que liga Setúbal e Lisboa, anunciou que vai ter "fortes perturbações" devido à greve dos trabalhadores da IP.
À Lusa, fonte da transportadora disse que esta sexta-feira está prevista a realização de serviços mínimos, com 39 ligações, 18 no sentido sul e 21 no sentido norte, representando 25% da oferta.
As ligações a realizar durante o dia estão disponíveis no site da empresa.
Os trabalhadores da IP, que fazem a gestão da ferrovia, marcaram a greve para esta sexta-feira em protesto pela falta de resposta da empresa às reivindicações de aumentos salariais.
Os sindicatos apresentaram uma contraproposta salarial comum, exigindo um aumento intercalar mínimo de 37 euros, anunciaram em 12 de junho.