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Cortiça: trabalhadores em greve contestam "esmola" oferecida pelas empresas

Os profissionais de várias grandes empresas do setor estão em greve esta quarta-feira. Estão revoltados com a proposta de aumento salarial de 58 euros e exigem pelo menos 90.

SIC Notícias

Esta quarta-feira estão a decorrer greves parciais em várias empresas dos principais grupos do setor corticeiro. Entre uma a duas horas por turno, os profissionais concentram-se á entrada das empresas para exigir uma subida da proposta de aumento salarial.

As greves decorrem no grupo Amorim, Granorte e Socori.

São oferecidos 58 euros de aumento. Os representantes dos trabalhadores exigem, pelo menos, 90 euros.

“Temos 90 euros em cima da mesa. Avançamos com uma proposta inicial de 140 e já fomos baixando. A empresa mantém-se firme nos 58 euros e 50 céntimos no subsídio de alimentação”, diz Manuel Fernando, da comissão de trabalhadores. "Uma esmola para quem trabalha aqui há 36 anos", contesta Armando Carvalho, trabalhador da Amorim Cork Flooring.

Portugal é líder mundial no fabrico de rolhas

O setor corticeiro é um empregador de peso e tem lucros acima da média. No fabrico de rolhas, por exemplo, Portugal é líder mundial. Mas os operários sentem cada vez mais dificuldades devido à inflação e à subida das taxas de juro.

A greve foi convocada pela Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro, e pelo Sindicato Dos Operários Corticeiros Do Norte. Sexta-feira haverá uma nova ronda negocial com as entidades patronais.

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