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Empresa Decsis pede insolvência e deixa cerca de 200 trabalhadores com ordenados em atraso

A empresa tecnológica Decsis, com sede em Évora, avançou com um pedido de insolvência, aguardando decisão judicial. Os 200 trabalhadores da empresa estão com os ordenados de julho e agosto em atraso.

Daniela Alves

José Ribeiro

Os problemas financeiros provocados pela conotação à "Operação Nexus" da Polícia Judiciária levaram a empresa tecnológica Decsis a avançar com o pedido de insolvência. Em resposta por escrito à SIC, a administração diz que a operação policial, realizada no passado mês de julho, "teve impacto imediato na empresa, apesar de esta não ser visada na investigação".

Explica que "a operação elevou o risco de crédito da Decsis para o nível máximo, fazendo com que a banca cortasse todas as linhas de crédito". Juntam-se os danos de reputação que afetaram empresas associadas ao Grupo.

A "Operação Nexus" investiga alegados crimes de corrupção e fraude na aquisição de sistemas informáticos por entidades públicas, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Em julho, a Polícia Judiciária deteve seis pessoas.

Pedido entrou no tribunal de Évora em agosto

Segundo o jornal Eco, uma das empresas visadas, a Decunify, declarada insolvente no final de agosto, apresenta-se como parte do Grupo Decsis. O pedido de insolvência que deu entrada no Tribunal de Évora a 5 de agosto ainda não tem decisão.

A empresa continua em funcionamento, assim como o Centro de Dados localizado em Évora, que fornece serviços críticos a diversos clientes dos setores públicos e privados. É o caso da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central, com quem já reuniram.

Trabalhadores com ordenados em atraso

As preocupações dos clientes são várias e já estão a analisar soluções. Com um volume de faturação de perto de 15 milhões de euros em Portugal, a empresa tecnológica Decsis tem cerca de 200 trabalhadores, que estão agora com os ordenados de julho e agosto em atraso.

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