Não foi escolhido ao acaso o dia para mais uma greve nacional de professores, que se realiza esta terça-feira, 06/06/23. É exatamente o tempo de serviço congelado que reivindicam: seis anos, seis meses e 23 dias. Além da greve, decorrem duas manifestações, em Lisboa e no Porto, que têm no ministro da Educação, João Costa, o alvo de quase todas as críticas.
Esta paralisação terá uma duração de 24 horas e não foram decretados serviços mínimos.
Os professores prometem que só vão parar com os protestos quando forem ouvidos. Acusam o Governo de desvalorizar as queixas na mesa das negociações.
Para a nova greve, aos exames e avaliações finais, o Ministério da Educação já pediu a fixação de serviços mínimos. Em causa está o futuro de mais de 240 mil alunos e, agora, a decisão está nas mãos do Tribunal Arbitral, que terá de se pronunciar até 48 horas antes do início da paralisação.
“É uma classe muito cansada”, dizem docentes em protesto no Porto
A manhã de terça-feira foi de contestação, no Porto, onde decorreu a primeira das duas manifestações de professores. À tarde, o protesto avança nas ruas da capital.
À cidade Invicta chegaram docentes vindos de muitas outras cidades. Segundo a Fenprof, da zona Centro partiram 30 autocarros cheios de profissionais, que querem mostrar ao Governo que a situação no setor está insustentável.
Depois de Lisboa e do Porto, os protestos não ficam por aqui. Já no próximo sábado vão estar concentrados em Peso da Régua, nas comemorações do 10 de junho.