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Ano letivo perdido? "Não podemos correr o risco", apela Marcelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, espera que este não seja mais um ano letivo perdido e que haja entendimento entre as partes: ministério e sindicatos.

Ana Lemos

Depois de mais uma reunião polémica no Ministério da Educação, com a Fenprof a abandonar a sala, e enquanto o S.TO.P. mantém a greve ao serviço das provas de aferição, o Presidente Marcelo tentou, esta terça-feira, apelar ao “diálogo” e à “boa vontade” de ambas as partes para que este não seja mais um ano letivo “sacrificado”.

O chefe de Estado diz que têm acompanhado as negociações e “continua a esperar que haja diálogo, entendimento”, até porque estão em cursos “provas de avaliação”. Além disso, Marcelo avisa que depois de “anos letivos muito complicados” devido à pandemia, “não podemos correr o risco de ter um fim de ano letivo que, para muitos alunos, seja sacrificado e que crie ou aprofunde desigualdades”.

"Portanto, espero que até ao fim que seja possível, com boa vontade de um lado e do outro [Governo e sindicatos], chegar a uma conclusão que permita a realização dessas avaliações finais e que se não entre no próximo ano letivo com um espírito de mais um ano parcialmente perdido na escola portuguesa”, apelou.

Resta saber se ambas as partes vão conseguir chegar a essa caminho de consenso. A verdade é que, a reunião desta segunda-feira e que tinha como objetivo discutir o futuro das reivindicações dos sindicatos, ligadas à recuperação do tempo de serviço congelado e aos concursos nacionais, terminou com a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) a abandonar a discussão e a ameaçar recorrer aos tribunais.

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