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Ativistas pelo clima encerram Liceu Camões em Lisboa

Os jovens ativistas estão a realizar ações de protesto pelo clima, desde 26 de abril, em escolas de Lisboa e do Algarve. Vários estabelecimentos de ensino foram ocupados no âmbito dos protestos.

SIC Notícias

Lusa

O Liceu Camões, em Lisboa, está fechado desde as 08:00 devido ao protesto dos alunos pelo fim dos combustíveis fósseis, disse à agência Lusa fonte do movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa”".

"Ao início da manhã de hoje [quinta-feira], os estudantes fecharam o Liceu, encontrando-se no interior das suas instalações. O Liceu não abriu esta manhã", disse a mesma fonte cerca das 09:00.

Uma das alunas do Liceu Camões explicou à SIC Notícias que decidiram avançar para este protesto porque consideram que não há tempo para ações moderadas e de sensibilização. A decisão foi tomada depois de ter falhado um acordo que tinham com a direção da escola.

“Nós começámos com um acordo com a direção, nos últimos dois dias que estivemos a ocupar, em que as aulas decorriam normalmente, mas nós tínhamos um programa climático alternativo às aulas”, explica Francisca Duarte. No entanto, “não houve adesão infelizmente, nem pelos alunos nem pelo corpo docente”.

Perante esta falta de adesão, o movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa” decidiu mudar a abordagem: “Nós não temos tempo para continuar nestas ações moderadas de consciencialização”.

A mesma fonte adiantou que a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa também foi encerrada pelos ativistas às 08:00, mas entretanto já reabriu.

Na terça e na quarta-feira, a Escola Artística António Arroio, em Lisboa, também encerrou no âmbito dos protestos pelo fim dos combustíveis fósseis.

Os jovens ativistas estão, desde o dia 26 de abril, a fazer ações de protesto pelo clima em escolas de Lisboa e do Algarve, ocupando a Faculdade de Letras, a Faculdade de Psicologia e o Instituto Superior Técnico, a Escola Secundária Dona Luísa de Gusmão, em Lisboa, e Escola Secundária Tomás Cabreira, em Faro.

Exigindo o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e eletricidade 100% renovável e acessível até 2025, os jovens dizem que só param quando tiverem 1.500 pessoas dispostas a participar numa ação contra o gás natural marcada para dia 13 no porto de Sines.

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