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Professores em greve a Sul mas não há escolas encerradas

Apesar de o dia ser de protestos, os professores estão a cumprir os serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral.

SIC Notícias

Lusa

Os professores das escolas dos distritos a Sul do país estão em greve esta sexta-feira, para exigir melhores condições de trabalho e salariais, e a criação de carreiras específicas.

Apesar de o dia ser de protestos, foram decretados serviços mínimos pelo tribunal arbitral, com a obrigatoriedade mínima de aulas, não havendo escolas encerradas como em outras paralisações convocadas pela FENPROF e sindicatos.

Os professores têm de assegurar serviços mínimos, incluindo três horas de aulas no pré-escolar e 1.º ciclo e três tempos letivos diários por turma no 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário, de forma a garantir, semanalmente, a cobertura de todas as diferentes disciplinas.

O cumprimento destes serviços é uma "imposição" e apesar de "contrariados", os professores cumprem a lei.

“A escola pública, que tem de estar a trabalhar, que conseguiu recuperar os resultados escolares na última década, que conseguiu pôr a sociedade a trabalhar com a pandemia, é uma escola que tem poucos recursos, recursos mal pagos”, afirma um docente em protesto.

Em Grândola, os professores criticam a decisão do tribunal arbitral, afirmando que sendo obrigados a realizar os serviços mínimos “não faz sentido fazer greve”.

“Em três anos é a primeira vez, que a professora entra na sala de aula e estará calada em serviços mínimos. Acredito que o meu silêncio será uma grande lição”, declara uma docente.

Desde setembro em protestos, os docentes assumem que “as coisas atingiram um ponto muito difícil”, e continuam a criticar o Ministério da Educação, pois “são muitos anos a ser mal tratados”.

Enquanto esperam uma data para nova reunião, pedida pela plataforma de sindicatos, os professores garantem que os protestos vão continuar.

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