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Mariana Mortágua avança para a liderança do Bloco de Esquerda

A SIC sabe que o nome de Mariana Mortágua reúne consenso interno no núcleo duro do partido.

TIAGO PETINGA/Lusa

Inês de Oliveira Martins

Ana Lemos

Esta decisão, que a SIC sabe vai ser anunciada nos próximos dias, surge horas depois de Catarina Martins ter anunciado que vai deixar a coordenação do Bloco de Esquerda.

Para o Bloco de Esquerda, a decisão é pacífica e está fechada. O nome de Mariana Mortágua é o que reúne mais capital por ser um importante quadro interno, pela visibilidade mediática e porque se considera que não há mais ninguém nesse patamar.

Entre bloquistas, a escolha é consensual e pacífica e é também assegurado que não haverá concorrência. Isto porque Pedro Filipe Soares, líder parlamentar, já excluiu uma candidatura.

Outro dos nomes que estaria em jogo era o de Joana Mortágua, mas que está oficialmente fora da corrida por não querer assumir a coordenação do partido.

Mariana, a solução consensual e pacífica

A pouco mais de três meses da Convenção Nacional, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) fez o anúncio: “Não serei candidata a coordenadora”. Desde logo começaram a surgir vários nomes para sucederem a Catarina Martins: Marisa Matias, Pedro Filipe Soares, e as irmãs Mortágua.

Mas ao longo da manhã esses vários nomes foram manifestando a sua indisponibilidade. À rádio Observador, a ex-candidata presidencial do BE revelou que não ficou surpreendida com o anúncio de Catarina Martins e garantiu que não será candidata. “A decisão vai ser tomada na convenção, mas não admito", disse Marisa Matias.

Também a possibilidade de Luís Fazenda se tornou desde logo pouco provável porque, ao que a SIC apurou, a ideia era a de que o próximo coordenador do BE saísse da bancada parlamentar, que conta atualmente com cinco deputados.

Seguindo esta lógica, surgiu então o nome do líder parlamentar Pedro Filipe Soares, que em 2012, recorde-se, concorreu contra a “coordenação bicéfala” de João Semedo e Catarina Martins, mas que em declarações à Antena1, ao início da tarde, se afastou da corrida.

Em jogo ficaram apenas as irmãs Mortágua. Qual delas, era a questão.

Isso mesmo afirmou o comentador SIC, Paulo Baldaia, na antena da TSF. Pode ser “qualquer uma das duas”, ambas são “pessoas com capacidade”. Mas, acrescentou, “quem quer que seja vai ter que ser capaz de ser mais popular do que Catarina Martins e de colocar o BE a disputar uma eleitorado muito volátil, que pode votar em qualquer partido”.

Acontece que, Joana Mortágua não queria assumir a coordenação do partido e Mariana Mortágua além de ser um importante quadro interno, reúne um consenso tal no seio do partido que não terá concorrência na corrida à liderança.

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