Nenhum morador vai poder regressar, para já, ao prédio da Mouraria, em Lisboa, onde um incêndio matou duas pessoas este sábado. A proprietária do rés do chão onde viviam, pelo menos, 16 imigrantes em condições indignas diz que não sabia que o espaço estava habitado.
O que inicialmente foi chamado de T0 é, afinal, uma loja cujo contrato de arrendamento comercial foi feito por 750 euros mensais.
A proprietária que não quer ser identificada afirma que não sabia que o espaço se encontrava subarrendado e que foi convertido em camarata onde, três dias após o incêndio, ainda não se sabe ao certo quantas pessoas moravam naquele local, mas seriam, pelo menos, 15 imigrantes sul-asiáticos.
Prédio não possui condições para ser habitado
A vistoria da Câmara de Lisboa, realizada esta segunda-feira à tarde conclui que, para já, o prédio tem de continuar desabitado por não dispor de “infraestruturas” energéticas.
Até as obras necessárias serem feitas no prédio, 13 dos 22 desalojados encontram-se a cargo da Santa Casa da Misericórdia, uma vez que os restantes encontraram solução própria.