O homem suspeito de raptar uma jovem de 16 anos (agora com 17), em maio de 2022, ia ser presente ao Tribunal de Instrução Criminal de Leiria esta quarta-feira.
No entanto, devido à greve de funcionários judiciais, a audiência foi adiada para esta quinta-feira.
A Polícia Judiciária confirmou, esta terça-feira, que o suspeito detido não tem “antecedentes criminais” e que era “aparentemente uma pessoa devidamente integrada, estruturada”.
Aos jornalistas, o inspetor Jorge Leitão admitiu que “havia um relacionamento” entre ambos que “terá surgido precisamente na ambiência do jogo online”.
Questionado sobre como e quando ocorreu a detenção do suspeito de 48 anos, o responsável da PJ disse que não foi na residência em Évora mas na zona e reagiu “com calma”.
Luana, de 16 anos, saiu para ir à escola e não mais foi vista
No manhã do dia 30 de maio de 2022, Luana Pereira saiu de casa para ir à escola. Despediu-se da mãe mas nunca mais foi vista.
Poucos dias depois, no programa Casa Feliz da SIC, a mãe Paula apelou a que a filha voltasse para casa. "Filha, se estiveres a ver isto, por favor diz alguma coisa ou volta para casa. O pai e a mãe estão muito angustiados. Volta filha, nós amamos-te muito”. Mas Luana nada disse.
Mais tarde, no final de julho, no programa Linha Aberta da SIC, a mãe Paula revelou mais pormenores e explicou o porquê de a adolescente estar sinalizada na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). Durante a pandemia, a filha “faltava às aulas online”.
Garantindo que não notou nada de estranho no comportamento da filha, Paula disse não saber qual o motivo do desaparecimento mas admitiu estar relacionado com “o facto de a filha jogar online com outras pessoas”.
“Creio que foi através dos jogos online que a pessoa em questão fez o favor de me tirar a minha filha”, disse Paula em julho de 2022 em declarações ao Linha Aberta.
Uma ligação que aparentemente, e de acordo com o comunicado divulgado hoje pela PJ, parece confirmar-se.