O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta segunda-feira a realização de um Conselho de Ministros exclusivamente dedicado à política de habitação no próximo dia 16 de fevereiro para aprovar três ordens de medidas.
Em primeiro lugar, para "disponibilizar mais solos para a construção de habitação" e, em segundo, para criar "um forte incentivo à construção de habitação por parte de privados", afirmou o líder do executivo em entrevista à RTP.
A criação de incentivos para quem é proprietário de habitação colocar as casas no mercado de arrendamento e apoios para os jovens acederem com mais facilidade ao aluguer das casas, mas sem concretizar, para já, uma medida.
Desde 2007 que não havia tão poucas à venda
Num momento em que Portugal tem como pano de fundo a ameaça de uma bolha imobiliária, em que as taxas Euribor atingem quase diariamente novos recordes, e os preços registaram o maior aumento dos últimos 30 anos, há mais um dado pouco animador a ter em conta. O número de casas à venda caiu para mínimos de 15 anos.
Os dados foram apurados pelo Confidencial Imobiliário no âmbito da base de dados SIR-Sistema de Informação Residencial.
Nos meses de outubro, novembro e dezembro, o registo de oferta residencial atingiu “mínimos de cerca de 15 anos, contabilizando-se cerca de 47.200 fogos para venda em Portugal Continental”. Desta oferta, 17.600 fogos eram novos (37%) e 29.600 usados (63%).