João Cotrim de Figueiredo vai deixar a liderança da Iniciativa Liberal. As eleições para a Comissão Executiva vão ser antecipadas e o presidente anunciou que não será novamente candidato ao cargo.
A Comissão Executiva da Iniciativa Liberal solicitou ao Conselho Nacional que marque também eleições para a Comissão Executiva na próxima Convenção Nacional, com o objectivo de se proceder ao alinhamento dos mandatos de todos os órgãos estatutários, contribuindo assim para a eficácia da acção política do partido e para a renovação da moção de estratégia global face ao quadro político saído das últimas eleições legislativas", informou o Iniciativa Liberal em comunicado.
As eleições para a Comissão Executiva da Iniciativa Liberal (IL) vão ser antecipadas em cerca de um ano.
“Esta Convenção Nacional, de carácter electivo, será aberta à participação de todos os membros e irá eleger a nova Comissão Executiva do partido, aprovar a moção de estratégia global para os próximos dois anos e elegar os membros do Conselho Nacional, do Conselho de Jurisdição e do Conselho de Fiscalização”.
A VII Convenção Nacional vai realizar-se em dezembro e antes desta antecipação de eleições para a comissão executiva hoje anunciada ia apenas eleger os membros do conselho nacional, do conselho de jurisdição e do conselho de fiscalização uma vez que os calendários estavam desfasados.
Cotrim Figueiredo diz que IL precisa de “uma postura distinta”
Cotrim Figueiredo explicou que não se vai recandidatar à liderança da Iniciativa Liberal nas eleições antecipadas por entender não ser a pessoa ideal para presidir ao partido que agora precisa "de uma postura distinta" para continuar a crescer.
"Esta decisão, pessoal e politicamente difícil, deve-se ao facto de entender que a estratégia para que o partido continue a crescer deve ser diferente daquela que o fez crescer de forma significativa até agora", explicou, numa publicação na rede social Twitter, João Cotrim Figueiredo.
Na análise do liberal, "o trabalho de oposição a uma maioria absoluta e o posicionamento dos diversos agentes político-partidários implicam uma postura distinta por parte da Iniciativa Liberal".
"O Partido precisa de uma tónica mais combativa, mais popular e mais abrangente a nível nacional e considero não ser eu a pessoa ideal para a corporizar", sustentou.
Para Cotrim Figueiredo, "uma nova liderança trará uma renovada energia e um redobrado sentimento de esperança à Iniciativa Liberal e aos portugueses", devendo por isso "estar em plenitude de funções com a antecedência suficiente face às batalhas eleitorais que ocorrerão a partir do segundo semestre de 2023".