Com os sucessivos encerramentos dos serviços de urgência em vários hospitais, o período mais crítico avizinha-se, com as férias. Apesar de chegar a um acordo com o Governo para dar início ao processo negocial que inclui uma grelha salarial, o Sindicato pede uma rápida resolução para algumas questões estruturais no setor.
O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Roque da Cunha, sublinha a importância de captar médicos no SNS e entende que o Governo "não está a dar a devida atenção" aos problemas do setor.
Roque da Cunha admite que o encerramento dos serviços de urgência em vários hospitais acabou por ser "muito pior do que aquilo que tinham antecipado".
Na terça-feira à noite os sindicatos, FNAM e SIM, anunciaram que foi conseguido o acordo em torno do protocolo. É um processo que "marca de facto o início de uma negociação substantiva em torno de temas como o regime de dedicação plena no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que figura no programa de Governo e que iremos cumprir, também o tema da organização do trabalho em serviço de urgência, que se tornou por demais evidente que é necessário abordar de uma forma estruturada, e outros temas relacionados com a grelha salarial e com a valorização dos trabalhadores médicos", disse Maria de Fátima Fonseca aos jornalistas.