País

Problemas do SNS: “Não é uma guerra entre enfermeiros e médicos, é uma guerra para a segurança das pessoas”

Ricardo Correia de Matos, presidente da secção regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, na Edição da Tarde da SIC Notícias.

Ricardo Correia de Matos, presidente da secção regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros, considera que o plano apresentado pela ministra da Saúde, Marta Temido, na quarta-feira, “merece várias críticas”.

“Todo este clima, de facto, não é uma guerra entre enfermeiros e médicos, é uma guerra para garantirmos a segurança de pessoas quando recorrem ao serviço de urgências”, diz.

Em entrevista na Edição da Tarde, refere que a gestão dos profissionais de saúde em Portugal é o problema estrutural. Ricardo Correia de Matos refere que Portugal ainda não se conseguiu libertar da estrutura criada em 1980:

“Só em Portugal [comparando com outros países da OCDE] é que temos os vários processos fundamentais com um desenho de saúde centralizado em regime de exclusividade num único grupo profissional, neste caso nos médicos”, diz, exemplificando: a prescrição, internamento e altas clínicas, declarações de incapacidade para o trabalho.

“Temos que olhar para o sistema como um todo e perceber como o podemos otimizar”, afirma.

Uma nova comissão de acompanhamento, a abertura a privados e aumentos salariais para os médicos de serviço nas urgências. Estas são as propostas da ministra da Saúde para dar resposta à crise nas urgências hospitalares agravada nas últimas semanas nos serviços de ginecologia e obstetrícia.

Os problemas nas urgências de ginecologia e obstetrícia sucedem-se em todo o país. Vários hospitais limitaram o atendimento e em alguns casos foi mesmo necessário encerrar os serviços por falta de médicos.

Saiba mais:

Últimas