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Hospital de Braga deverá voltar a fechar urgências de obstetrícia durante a próxima semana

Este domingo, as grávidas e parturientes estão a ser encaminhadas para os hospitais de Guimarães, Famalicão, Viana do Castelo e para o Porto.

No Hospital de Braga, a urgência de obstetrícia fechou às 08:00 e irá manter-se encerrada durante 24 horas. As grávidas estão a ser encaminhadas para os hospitais mais próximos, como nos conta a repórter da SIC, Márcia Torres.

Grávidas e parturientes que precisem de assistência médica estão a ser direcionadas para os hospitais de Guimarães, Famalicão e Viana do Castelo. Os casos mais complexos são encaminhados para o hospital de S. João, no Porto.

Urgência de obstetrícia do hospital de Braga está encerrada por falta de médicos. São necessários pelo menos cinco médicos da especialidade, mas este domingo estão apenas escalados dois. Este serviço recebe, em média, oito mulheres para entrarem em trabalho de parto.

Segundo Sindicato Independente dos Médicos (SIM) o problema, que já se estende há vários meses, está relacionado com a saída de pelo menos nove médicos obstetras. Hugo Cadavez, representante do SIM no norte, alerta que a situação deverá repetir-se durante a próxima semana.

“Temos informação que, lamentavelmente, a situação é ainda pior do que nós achávamos. Temos informação de que esta quarta, quinta e sexta-feira a urgência irá encerrar se nada for feito. Com a escala que existe atualmente, e com apenas dois médicos escalados em cada um destes dias dos necessários cinco, se nada mudar a urgência vai infelizmente mais uma vez encerrar”, disse em entrevista à SIC Notícias.

O problema das escalas nos serviço de urgência não acontece apenas na especialidade de ginecologia e obstetrícia, mas é transversal à urgência geral. A falta de médicos levou os chefes de equipa do hospital de Braga a apresentarem a demissão, em outubro de 2021.

“A situação era já crítica. Na altura, havia sobreposição de tarefas dos médicos que trabalhavam no serviço de urgência. Os médicos acabaram por aceder e manter-se  em funções, mas sabemos que de então para cá pouco ou nada mudou. Há uma situação crítica e crónica de falta de médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, afirma Hugo Cadavez, acrescentando que “estamos a assistir a uma saída sem precedentes de médicos do SNS”.

O representante do sindicato pede ao Governo que tome medidas urgentes para resolver esta situação e para cativar médicos para o SNS.

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