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Falta experiência nas escolas aos docentes que dão formação inicial de professores

Um terço dos docentes a dar formação de professores não tem formação no ramo da Educação e os restantes não têm experiência a dar aulas no ensino obrigatório.

Um terço dos docentes responsáveis pela formação inicial de professores não tem formação no ramo da Educação e os que têm essa habilitação, não têm experiência a dar aulas no ensino obrigatório, ou seja, os cursos lecionados acabam por ser mais teóricos e menos práticos do que o que seria desejável. A conclusão é de um estudo do EDULOG, um Think Tank da Fundação Belmiro de Azevedo direcionado para a área da Educação, divulgado esta sexta-feira.

De acordo com a Rádio Renascença, o estudo analisou todos os 148 cursos e os 1.736 docentes que asseguram a formação inicial de professores e concluiu que quem está a formar os novos professores, tem falta de experiência a lecionar nas escolas.

David Justino, antigo ministro da Educação e atual membro do Conselho Consultivo do EDULOG, considera que o Ministério da Educação deveria “traçar um perfil do professor que quer ter nas escolas, para que as próprias escolas possam ajustar os seus currículos àquilo que é pretendido por parte do Ministério”, disse em entrevista à Rádio Renascença.

“Estamos a ensinar aspetos muito teóricos, mas que depois, eventualmente, têm pouca ligação com a prática letiva”, sublinhou David Justino.

O antigo ministro deixou também uma recomendação no sentido dos professores que dão formação aos novos docentes terem a possibilidade de fazer investigação nas escolas de modo a conhecer a realidade prática.

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