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Audiência de João Rendeiro de novo adiada

Pedido de libertação sob fiança de Rendeiro adiado para quarta-feira. O ex-banqueiro vai manter-se na prisão de WestVille.

14 de dezembro: o ex-banqueiro João Rendeiro na sala de tribunal em Verulam, Durban, África do Sul onde foi presente ao juiz. João Rendeiro foi preso num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.
Luis Miguel Fonseca

SIC Notícias

A audição de João Rendeiro no tribunal Verulam Magistrates foi hoje adiada para quarta-feira, depois da defesa ter pedido mais tempo para apresentar o requerimento de libertação sob fiança, decidiu o juiz.

O ex-banqueiro fez esta manhã uma curta declaração aos jornalistas. “Não vou regressar a Portugal”, afirmou Rendeiro, que vai continuar detido a aguardar a decisão do tribunal e vai manter-se na prisão de WestVille.

A defesa de Rendeiro pediu hoje a mudança de prisão. June Marks considera que está em causa a integridade física de João Rendeiro. Diz que o ex-banqueiro pode estar em perigo e fala mesmo em ameaças de morte.

June Marks sublinha ainda que o pedido da transferência de prisão serve para salvaguardar o antigo banqueiro português.

A chegada de João Rendeiro ao tribunal de Verulam

João Rendeiro chegou hoje ao tribunal transportado num carro celular com vários detidos. O interrogatório servirá para serem decretadas as medidas de coação.

Este é o segundo dia em que João Rendeiro esteve no tribunal, depois de na primeira presença perante o juiz, na segunda-feira, para legalizar a prisão preventiva, a defesa ter pedido liberdade sob fiança.

Rendeiro estava fugido à Justiça há três meses

O ex-banqueiro João Rendeiro foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.

João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal.

O ex-presidente do extinto Banco Privado Português (BPP) foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do banco, tendo o tribunal dado como provado que João Rendeiro retirou do banco 13,61 milhões de euros.

O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.

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