O Chega! fez saber esta sexta-feira que chegou a acordo com o PSD e que vai viabilizar um Governo de direita nos Açores.
"O Chega vai viabilizar o governo de direita nos Açores, após ter chegado, em conjunto com o PSD, a pontos de convergência em vários assuntos fundamentais para a Região Autónoma dos Açores e para o país", anuncia o partido.
Num comunicado enviado às redações, o partido revelou que "o futuro Governo regional" se comprometeu a criar um gabinete regional de luta contra a corrupção e a “desencadear um projeto de revisão constitucional regional” que inclua a redução do número de deputados nos Açores.
Já quanto à exigência que tinha sido feita pelo partido de que o PSD nacional participasse no processo de revisão constitucional iniciado pelo Chega, o partido liderado por André Ventura diz ter obtido garantias para o futuro.
O que disse Ventura na quinta-feira?
Ainda na quinta-feira, André Ventura tinha dito que o PSD não aceitava participar no processo de revisão constitucional aberto pelo partido que lidera e, nessas condições, o Chega Açores votaria contra qualquer programa de Governo na região, fosse do PS ou do PSD.
Representante da República ouve partidos
O representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Catarino, começa esta sexta-feira a ouvir os partidos que elegeram deputados à Assembleia Legislativa açoriana, tendo em vista a indigitação do futuro presidente do Governo Regional.
O PS elegeu 25 deputados e perdeu a maioria absoluta que detinha há 20 anos na região e esta semana PSD, CDS-PP e PPM anunciaram uma "proposta de governação profundamente autonómica", um "governo dos Açores para os Açores" e com "total respeito e compreensão pela pluralidade representativa do povo".
PSD, CDS-PP e PPM somam 26 deputados, juntando-se agora o apoio dos dois do Chega, faltando um voto para garantir a maioria absoluta de 29 parlamentares.
A lei indica que o representante da República no arquipélago nomeará o novo presidente do Governo Regional "ouvidos os partidos políticos" representados no novo parlamento açoriano.