"Algumas empresas que podem ter sido vistas como os piores infratores são as que estão a seguir em frente", afirmou a diretora para a conservação da organização Fauna & Flora International, Abigail Entwistle, citada esta quarta-feira numa notícia da agência Associated Press.
O artigo da AP lembra que, em 2017, uma outra organização com sede no Reino Unido, a Fundação Ellen MacArthur, estimou que o peso do plástico nos oceanos será igual ao dos peixes em 2050. Segundo a fundação, que trabalha com multinacionais como Google, Nike e Danone, apenas 14 por cento das embalagens de plástico que são recolhidas vão para reciclagem.
O plástico que contamina os oceanos mata a vida selvagem e entra na cadeia alimentar humana.Para Roland Geyer, professor da universidade norte-americana da Califórnia, "os oceanos são simplesmente os 'danos colaterais' na economia de consumo".
O especialista em ecologia industrial enaltece iniciativas como as das multinacionais, mas recorda que as campanhas de reciclagem e reutilização de plástico fizeram pouco para impedir a poluição nos últimos 30 anos. O docente defende, ao invés, que a sociedade deve, por sua iniciativa, diminuir a procura de plástico nos seus consumos.
Lusa