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Assis acusa Rangel de se limitar a atacar PS e de não trazer ideias

O cabeça de lista socialista às eleições europeias,  Francisco Assis, acusou hoje o candidato da coligação formada pelo PSD/CDS-PP,  Paulo Rangel, de se limitar a atacar o PS e de não trazer uma ideia ao debate  político. 

(LUSA/ ARQUIVO)

"Aproveito para o desafiar a apresentar uma só ideia - nem lhe peço  duas - sobre Portugal e a Europa nesta pré-campanha eleitoral, porque até  hoje não trouxe absolutamente nenhuma. Limita-se a atacar o Partido Socialista  e até, às vezes, no limite da injúria a alguns dos nossos principais responsáveis,  quer passados, quer presentes", afirmou Francisco Assis, em Leiria, onde  hoje decorre a convenção 'Novo Rumo para Portugal', dedicada ao poder local.

Ao candidato da Aliança Portugal, o cabeça de lista socialista disse:  "Quando o Dr. Paulo Rangel acusa o Partido Socialista e a nossa lista em  concreto para o Parlamento Europeu de significar um regresso ao passado,  devo dizer-lhe que, por vezes, há formas de respeitar o passado que são  a melhor maneira de nos projetarmos no futuro". 

"Agora o que ele apresenta para o país, a visão subjacente a tudo o  que ele tem dito, essa, sim, é um regresso ao passado, mas é um passado  de má memória", declarou, referindo que é o passado de "um país pobre",  dominado por um "culto de uma austeridade opressiva", "incapaz de compreender  a importância dos investimentos públicos" e é "um passado de um país que  se resignava a aceitar a ideia da pobreza, da desigualdade e até da miséria".

A esse passado, respondeu Francisco Assis, os socialistas disseram "não"  ao longo dos últimos 40 anos, mas também "a esmagadora maioria dos portugueses"  e "quase todos os partidos políticos". 

"Não podemos aceitar a ideia de que há agora um fatalismo de que somos  vítimas, de que esta austeridade -- que em parte nos foi imposta e em parte  foi opção do Governo - se vai impor durante largos anos desta forma e que  nos vai impedir de libertar recursos para promover investimentos que são  absolutamente fundamentais para garantir o crescimento e o desenvolvimento  do nosso país", declarou. 

Aos presentes, o cabeça de lista do PS afirmou que o dia 25 de maio  é um dia "muito importante" para a vida política portuguesa, exortando os  autarcas a envolverem-se na campanha. 

"Temos uma extraordinária rede de autarcas, 150 presidentes de câmara,  mais de 1.300 presidentes de juntas de freguesia, milhares de autarcas",  referiu, apelando a este "grande exército político" empenhamento nestas  eleições "como se também estivesse em causa o futuro das autarquias". 

 Para Francisco Assis, "também é o futuro do nosso país, também é o futuro  de cada um dos municípios, de cada uma das freguesias que se vai decidir  no próximo dia 25 de maio". 


Lusa

 

     

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