Olexyi é dono de uma propriedade agrícola com dois mil hectares. Os armazéns onde guarda as toneladas de cereais ficam numa aldeia perto da linha da frente, onde, há três anos, os russos disputaram terreno diretamente com as tropas ucranianas.
Comprou maquinaria, recuperou os armazéns, mas os russos voltaram a lançar ataques, incluindo com mísseis. O último, em março deste ano, atingiu diretamente a zona onde estamos. Quatro militares morreram.
Os drones costumam sobrevoar esta zona praticamente todos os dias, mais do que uma vez. Estamos a 15 quilómetros em linha reta da linha da frente. Olexyi mostra-nos o armazém, onde um ataque recente com drone destruiu-lhe o telhado pela quarta vez.
Praticamente tudo o que produz é para exportação: trigo, aveia, milho e outros cereais. Já desistiu de recuperar as máquinas e trabalha com as que tem. Levou a família para Odessa porque diz que é um pouco mais seguro, mas ele continua a viver em Kherson, que é bombardeada regularmente.
Quer mostrar-nos um dos campos onde prepara uma plantação de trigo, e onde arranjar água para a rega tem sido um problema, o que tem comprometido as plantações e a qualidade dos cereais que vende para todo o mundo.