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Paulo Rangel diz que Seguro "não está à altura das responsabilidades"

O cabeça de lista da coligação PSD/CDS às europeias,  Paulo Rangel, acusou hoje o líder do PS de não estar "à altura das responsabilidades"  ao perspetivar a saída do programa de ajustamento, insistindo no "quanto  pior, melhor".

(Lusa/Arquivo)
MANUEL DE ALMEIDA

Paulo Rangel falava à agência Lusa à entrada para um debate sobre as  europeias organizado pela concelhia do PSD/Porto, tendo considerado que  o secretário-geral socialista, António José Seguro, "tem sistematicamente  mostrado que não está à altura das responsabilidades" relativamente a uma  questão "fundamental" para Portugal: a saída do programa de ajustamento.

"Porque não pode vir a ser primeiro-ministro de Portugal, nem pode dirigir  um partido da oposição, alguém que sistematicamente procura sempre o lado  pior, o lado mais negativo da situação portuguesa. Isso é uma coisa inaceitável",  criticou. 

O eurodeputado do PSD acusou Seguro de ter "sistematicamente uma conduta  de quanto pior, melhor", na forma como "tem perspetivado a questão da saída  de Portugal do programa de ajustamento". 

"Primeiro com a afirmação da inevitabilidade do segundo resgate, segundo  com a confusão entre um programa de resgate e uma chamada linha cautelar,  terceiro com até o exacerbar de algumas das situações negativas portuguesas  no exterior", enumerou. 

 Na opinião de Paulo Rangel, "este debate quinzenal (realizado hoje no  parlamento) foi uma prova provada dessa atitude, uma atitude que às vezes  parece que quanto pior, melhor". "Isto, por um lado, não cria condições para o consenso que era necessário  e por outro lado coloca Portugal numa posição de maior fraqueza no plano  europeu", condenou. 

Questionado sobre a posição a tomar pelo cabeça de lista do PS, Paulo  Rangel defende que Francisco Assis "devia claramente dizer qual é a sua  posição sobre esta questão da saída do programa".  

"Ele entretanto remeteu-se a um silêncio que acho que é comprometedor,  embora eu compreenda o embaraço, porque quando tem o líder do partido numa  estratégia de quanto pior, melhor, naturalmente eu compreendo o embaraço  que o cabeça-de-lista tenha e penso que ele tem que se pronunciar sobre  isto", desafiou. 

 

     

 

Lusa

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