País

Protesto de professores juntou duas tendas na alta universitária de Coimbra

O acampamento contra a prova de avaliação dos  professores contratados, agendado para o largo D. Dinis, na alta universitária  de Coimbra, limitou-se a juntar duas tendas no início da iniciativa de protesto,  constatou a Lusa no local.  

PAULO NOVAIS
PAULO NOVAIS
PAULO NOVAIS

Ao início do protesto, cerca das 20:15 de hoje, a adesão cingia-se a  pouco mais de uma dezena de pessoas, reunidas em redor de um mesa, um fogareiro  e castanhas assadas, embora a organização, a cargo do movimento "Professores  contra a Prova, pela Escola Pública" garanta que mais elementos são esperados  hoje no local, para ali passarem a noite. "Para já ainda estamos a aquecer. Mas, acima de tudo, queremos é marcar  uma posição, queremos demonstrar que o acampamento também é uma forma precária,  que traduz a nossa situação nos últimos anos, com a casa às costas, sempre  de um lado para o outro", disse à agência Lusa André Pestana, um dos promotores  da iniciativa.  

Justificou a escolha do local por a Universidade de Coimbra ser aquela  "com mais simbolismo no país". "Queremos aqui dizer claramente que não tirámos o curso num domingo,  não tirámos o curso por equivalências, tirámos cursos específicos para a  docência, e obrigar professores, com dez anos de carreira, muitos deles  no desemprego, ainda por cima a pagarem 20 euros para fazerem uma prova  de avaliação, é uma humilhação total", alegou.  

Segundo André Pestana, os governantes, "que têm mentido à descarada,  roubado a escola pública à descarada, dando milhões aos privados, é que  deviam fazer provas".  Manifestou-se ainda "surpreendido" com o "silêncio" dos reitores das  universidades e responsáveis de institutos politécnicos sobre a prova de  avaliação exigida pelo Governo.  

"Têm cursos para a docência que esta prova questiona totalmente. Das  duas uma, ou os cursos preparam bem as pessoas ou então isso não vale de  nada e os senhores reitores deviam pronunciar-se", defendeu.  

 

     

 

Lusa

Últimas