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Exames de Português voltam a encher salas de aula

As provas nacionais de Português voltam hoje a encher as salas de aula, com os alunos do básico a iniciar a 2. fase e os do secundário a repetir o exame que não fizeram devido à greve de professores.

Às 9:30, cerca de 15 mil alunos começam o exame nacional de Português  do 12º ano, que deveriam ter realizado a 17 de junho ainda dentro do calendário  da 1. fase de exames.   

A greve dos professores, que tinha começado dez dias antes, impediu  milhares de alunos de realizar a prova e obrigou o Ministério da Educação  e Ciência (MEC) a marcar nova data. 

A adesão à greve foi superior a 90%, segundo dados avançados no próprio  dia pelas duas principais estruturas sindicais (Fenprof e FNE), sendo que  mais de 70% dos alunos conseguiram realizar a prova. 

Assim, segundo dados do MEC, realizam hoje a prova 15.170 alunos, maioritariamente  do ensino secundário, mas algumas centenas de alunos do ensino básico de  Português Língua Não Materna, que também foram impossibilitados de fazer  o exame tal como estava previsto no dia 17 de junho, devido à greve dos  professores.  

A greve de docentes, que começou a 07 de junho e terminou na semana  passada, não afetou o calendário das provas finais do básico: os alunos  do 6. e 9. anos realizam hoje de manhã a prova de Português e para sexta-feira  está marcada a prova de Matemática. 

Ainda hoje vão também comparecer nas escolas os alunos inscritos para  a 2. fase do exame de Português do 6. e 9.anos. Para a primeira fase  destas provas finais do 2. e 3. ciclos estavam inscritos cerca de 205  mil estudantes. 

Os exames e as provas finais valem 30&% na nota final do aluno.

A primeira fase é obrigatória desde o ano passado, ficando uma segunda  fase reservada apenas para situações excecionais.  

Já para os alunos que agora terminaram o 4. ano, a 2. fase das provas  estão agendadas para a próxima semana: na terça-feira (9 de junho) é dia  de Português e, a 12 de julho, será de Matemática. 

A 2. fase dos exames nacionais do ensino secundário realiza-se entre  16 a 18 de julho e é apenas para os alunos que reprovaram na 1ª fase ou  que querem fazer melhoria de nota. 

A greve dos professores terminou há uma semana, depois de três semanas  de luta que impediu que centenas de milhares de alunos conhecessem as suas  notas.  

A guerra entre MEC e sindicatos terminou depois de uma ronda negocial  de um dia e meio que culminou com a assinatura de uma ata em que o ministério  se comprometeu a criar mecanismos para que não haja professores com horário-zero  nem em risco de ir para a requalificação (antiga mobilidade especial). 

O regime de mobilidade só começará a ser aplicado aos professores a  partir de fevereiro de 2015 e os docentes sem turma atribuída poderão conseguir  um horário letivo recorrendo a atividades como o apoio ao estudo, aulas  de substituição ou coadjuvação de colegas. 

O limite geográfico para a mobilidade dos professores dos quadros de  escola sem serviço letivo será de 60 quilómetros, tal como acontece com  os restantes funcionários públicos.   

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