Quase 40 baleias-piloto encalharam numa praia na Nova Zelândia e foram devolvidas em segurança ao oceano. Centenas de voluntário ajudaram os animais a flutuar, levantando-os em lençóis. Apesar do esforço, quatro baleias-piloto morreram, informou a Departamento de Conservação da Natureza da Nova Zelândia.
A Nova Zelândia é um ponto crítico onde frequentemente as baleias encalham. Grandes colónias de baleias-piloto vivem nos oceanos profundos que rodeiam o país insular.
Uma equipa esteve a monitorizar a praia de Ruakaka, perto da cidade de Whangarei, no norte da Nova Zelândia, na segunda-feira, para garantir que não havia sinais de que as baleias salvas no domingo encalhassem novamente, referiu também o Departamento de Conservação à Associated Press.
A agência considerou “incríveis” os esforços feitos por centenas de pessoas para ajudar a salvar o grupo de animais.
"Tivemos uma resposta realmente incrível da comunidade. Foi ótimo ver a unidade das pessoas, todas com o mesmo propósito", disse Dave Milner, da Unidade de Gestão de Recursos Patuharakeke Te Iwi Trust Taiao.
Os populares realizaram um ritual Maori em homenagem às duas baleias adultas e uma cria que não resistiram. Os povos indígenas da Nova Zelândia consideram as baleias um tesouro sagrado, de grande significado cultural.
A Nova Zelândia registou mais de 5.000 encalhes de baleias desde 1840. O maior encalhe de baleia-piloto foi de cerca de 1.000 baleias nas Ilhas Chatham em 1918, de acordo com o Departamento de Conservação.
Na maioria das vezes, não é evidente o que está na origem destes fenómenos, mas acredita-se que a geografia da nação insular seja um fator relevante. Tanto as Ilhas do Norte como as do Sul apresentam extensões de costa saliente com praias rasas e inclinadas que podem confundir espécies como as baleias-piloto, que dependem da geolocalização para navegar.
Com Reuters e Associated Press