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Toneladas de plástico deram à costa na Patagónia, cientistas alertam para perigos para a saúde

Há toneladas de plásticos a darem à costa na Patagónia, no sul da Argentina. Os cientistas voltam a alertar para os perigos que representam para a saúde.

Teresa Canto Noronha

Os animais que vivem na Península de Valdés, na Patagónia, são os primeiros a sofrer as consequências da poluição que dá à costa e que se acumula nas praias e rochas. São toneladas de detritos, sobretudo plásticos. 

“O principal problema destes plásticos são os componentes utilizados, geralmente químicos e poluentes que provocam uma série de doenças e anomalias, tanto no corpo humano como na fauna marinha”, explica Diego Gonzalez Ceballos, biólogo. 

A fauna, no sul da Argentina, é uma das mais ricas e variadas do planeta, sobretudo os animais marinhos e as aves migratórias.

São muito importantes na cadeia alimentar e, infelizmente, vão ser os primeiros a ingerir os plásticos que, depois vão sendo passados a todos os outros animais, até chegarem ao peixe que todos comemos.

“A presença de microplásticos, atualmente, também é preocupante porque, além dos riscos para a saúde humana, afeta os mercados, a economia. Muitos produtos da pesca convencional começam a apresentar concentrações de microplásticos que podem ser preocupantes e levar ao encerramento de algumas indústrias”, diz Diego Gonzalez Ceballos.

A Península de Valdés é património da humanidade e uma das mais importantes reservas naturais do continente americano. É o habitat natural das maiores comunidades mundiais de baleias, pinguins e leões marinhos.  

As Nações Unidas dizem que, se nada for feito pelas indústrias que despejam detritos no mar, daqui a 20 anos, a Patagónia terá o triplo dos plásticos e será um depósito de lixo a céu aberto.

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