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Zelensky reagiu a ataque maciço em Kiev apelando a resposta unida ao mundo

Pelo menos oito pessoas incluindo uma criança, foram mortas esta madrugada em Kiev, na sequência de ataques russos com mísseis e drones. Todas as vítimas mortais são civis. O Presidente ucraniano já reagiu ao ataque defendendo que a Rússia "escolhe continuar a matar".

Iryna Shev

Marta Ferreira

Volodymyr Zelensky já se pronunciou sobre o ataque russo, descrito pelo presidente da câmara, Vitali Klitschko, como "maciço", a pelo menos três bairros de Kiev.

Segundo o Presidente da Ucrânia, no post que fez no X esta manhã, há dezenas de feridos e ainda poderão ser encontradas pessoas sob os escombros, enquanto prosseguem os esforços de salvamento.

"Estes mísseis e drones de ataque russos são uma resposta clara a todos aqueles que, durante semanas e meses, apelaram para um cessar-fogo e para uma verdadeira diplomacia no mundo. A Rússia escolhe os mísseis balísticos em vez da mesa de negociações. Escolhe continuar a matar em vez de acabar com a guerra", afirmou o Presidente ucraniano.

Não se ficando por aqui, Zelensky disse esperar "uma reação da China ao que se está a passar", referindo que Moscovo tem ignorado até agora os apelos de Pequim por um cessar-fogo.

"A Rússia não teme as consequências. A Rússia ainda se aproveita do facto de pelo menos parte do mundo fazer vista grossa ao homicídio de crianças e procura desculpar Putin. Esperamos uma reação da China ao que está a acontecer", disse.

O líder espera também uma reação da Hungria e de todos aqueles que "permanecem em silêncio", apesar de terem apelado à paz no passado.

"A morte de crianças deveria provocar emoções muito mais fortes do que qualquer outra coisa. Esperamos uma reação de todos no mundo que clamaram pela paz e que agora se calam com mais frequência do que assumem posições de princípio", acrescentou.

Pediu ainda a aplicação de novas sanções contra a Rússia, de forma a responsabilizá-la, uma vez que "todos os prazos expiraram, dezenas de oportunidades de diplomacia foram arruinadas".

"A Rússia deve sentir sua responsabilidade por cada ataque, por cada dia desta guerra. Memória eterna a todas as vítimas da Rússia", concluiu.

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