Mundo

Chuvas torrenciais provocam piores inundações de sempre no sul do Iémen

Várias regiões de África e da Ásia estão a ser afetadas por chuvas torrenciais, que estão a provocar cheias e deslizamentos de terras. No sul do Iémen, as inundações são as piores de sempre.

Teresa Canto Noronha

É o maior desastre natural de que há memória na região no sul do Iémen. A chuva torrencial provocou inundações que chegaram a níveis recorde. As cheias destruíram centenas de carros, casas e estradas.

Há muitas localidades isoladas, em regiões onde não há comunicações, e onde é impossível saber a real dimensão dos estragos. Milhares de pessoas perderam tudo e não têm para onde ir nos próximos dias.

O Iémen é o país mais pobre do Médio Oriente, e a situação tem-se agravado nos últimos anos devido aos conflitos internos e à guerra, que devastaram o que restava da economia. Muitos agricultores foram obrigados a fugir para as zonas urbanas, onde vivem em construções precárias, sobretudo ao longo dos rios. E foram muitas dessas casas que agora foram arrastadas pela torrente de água e lama.

Cheias no Paquistão já mataram quase 800 pessoas

No Paquistão, onde as chuvas torrenciais das monções têm aumentado de intensidade nos últimos anos, várias vilas e aldeias foram evacuadas por causa do risco de inundações.

Mas há muitos locais onde o Governo fala em perigo de morte, e de onde as pessoas não estão a querer sair. As populações receiam abandonar as próprias casas porque dizem que o Estado não tem meios para as proteger.

As cheias no Paquistão já mataram quase 800 pessoas só nas últimas semanas.

Na Guiné, as equipas de resgate, com a ajuda da Cruz Vermelha Internacional, continuam a trabalhar nas zonas da capital, Conacri, arrastadas por um deslizamento de terras.

Há quase duas dezenas de mortos confirmados na área que ficou soterrada, e onde desapareceram várias casas. Entre os que morreram, há várias crianças.

A Guiné, como tantos outros países do Oeste de África, também tem sofrido com chuvas cada vez mais intensas entre maio e outubro.

A falta de dinheiro leva muitos municípios a pouparem em sistemas de drenagem, sobretudo nos bairros mais pobres, que são os mais vulneráveis quando o nível das águas sobe ou quando há derrocadas, como esta.

Últimas