Mundo

Região chinesa afetada pelas cheias de julho ainda recupera da catástrofe que matou 44 pessoas

Para combater as inundações, que se tornam mais frequentes, a China começou a construir sistemas de drenagem, que são eficazes nas metrópoles, mas muito pouco eficientes nas zonas rurais. 

Madalena Lourenço

Eduardo Horta

Nos arredores da capital da China, os moradores ainda estão a recuperar da devastação provocada pelas cheias que afetaram a região em julho. 

A aldeia de Huairou está quase irreconhecível. Os montes e a paisagem verdejantes deram lugar a um cenário de devastação, com muita água e lama ainda por limpar. 

Nesta pequena aldeia, a norte de Pequim, numa única semana choveu o equivalente a um ano, o que levou a enchentes repentinas que devastaram aldeias inteiras e mataram 44 pessoas. 

O alerta das autoridades chegou tarde demais para a maioria dos moradores, que já estavam a dormir quando foi emitido. Trinta e um idosos morreram num lar, esquecidos pelos planos de evacuação. 

As inundações expuseram as fraquezas das infraestruturas chinesas e a forma como as equipas de emergência não estão preparadas para estas intempéries. 

A capital chinesa sofreu três inundações desde 2012 e os especialistas alertam para o risco, cada vez maior, de fenómenos como este. 

Para combater as inundações, que se tornam mais frequentes, a China começou a construir sistemas de drenagem, que são eficazes nas metrópoles, mas muito pouco eficientes nas zonas rurais. 

A paisagem montanhosa torna as aldeias mais vulneráveis a desastres, como inundações e deslizamentos de terra. 

Últimas