Uma pessoa foi detida e cinco ficaram feridas em ataques xenófobos contra imigrantes no sul de Espanha. Mais de 50 agentes foram mobilizados para travar a escalada da violência.
Pela segunda noite consecutiva, a cidade de Torre Pacheco, na região de Múrcia, é palco de violentos confrontos promovidos por grupos radicais e extremistas. Organizaram o que chamaram de uma "caça aos imigrantes" e apelaram aos distúrbios através das redes sociais.
Os moradores estrangeiros, nomeadamente marroquinos desta cidade de 40 mil habitantes, relatam à imprensa espanhola terem sido provocados por elementos jovens de grupos radicais que vivem fora da província.
Nesta segunda noite de violência, cinco pessoas ficaram feridas e uma outra foi presa por arremesso de objetos.
A delegada do governo em Múrcia fala numa "perseguição racista". Garante que haverá mais detenções já que continuam a ser identificadas as pessoas que incitaram à violência.
Mais de 50 agentes da polícia foram mobilizados para garantir a segurança.
Os confrontos começaram na noite de sexta-feira, após uma manifestação pacífica organizada pela autarquia para condenar o ataque a um idoso dois dias antes.
A autoria ainda está a ser investigada.
O jornal El País diz que a extrema-direita aproveitou o ataque para culpar a comunidade imigrante, acusando o governo de não conseguir manter as ruas seguras.
A autarquia pede à população para não responder à violência com mais violência, mas os ataques estão a gerar medo entre os imigrantes.