Donald Trump insiste que as tarifas são o melhor remédio, mas, para os europeus, é um mal que só se cura com negociação. A Comissão Europeia bem tem tentado negociar, só que Washington não se mostra interessada.
Em vez de mais tarifas, Bruxelas propôs, para cada lado, zero taxas aduaneiras - sobre os automóveis, os químicos, produtos farmacêuticos, maquinaria e outros bens industriais.
Trump não recua. Os mercados caem. Mas os europeus preferem pensar antes de retaliar. Só que a paciência também tem limites.
“A UE mantém-se disponível e prefere vivamente negociar. Mas não vamos esperar indefinidamente”, declarou o comissário europeu para o Comércio e para a Segurança Económica, Maros Sefcovic.
Já a pensar num plano B, França propõe taxar os serviços digitais norte-americanos. A ideia não agrada, contudo, à Irlanda.
Para já, não há uma resposta europeia ao grosso das tarifas anunciadas por Trump, incluindo sobre os automóveis europeus.
O que existe e vai avançar é a retaliação já prevista apenas para as taxas sobre o aço e alumínio. Há produtos norte-americanos que vão ter de pagar mais para entrar no mercado europeu.
A primeira ronda de tarifas europeias deverá ser aprovada na quarta-feira.