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Equipa de ajuda dos Estados Unidos a caminho de Myanmar

Washington libertou dois milhões de dólares para ajudar o povo birmanês através de grupos humanitários locais, após um "pedido formal" de assistência da junta militar no poder, que está sob sanções dos EUA.

Athit Perawongmetha

Lusa

Os Estados Unidos enviaram uma equipa de ajuda a Myanmar, depois de um devastador terramoto ter atingido o país na sexta-feira, matando mais de 2.000 pessoas, revelou esta terça-feira o Departamento de Estado.

"Em resposta imediata ao terramoto de 28 de março, uma equipa americana de especialistas humanitários regionais viajará para a Birmânia para identificar as necessidades mais urgentes da população, incluindo abrigo de emergência, alimentos, necessidades médicas e acesso à água", destacou a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, em declarações aos jornalistas.

Tammy Bruce não confirmou se a equipa já chegou a Myanmar (antiga Birmânia), noticiou a agência France-Presse (AFP).

Washington libertou dois milhões de dólares para ajudar o povo birmanês através de grupos humanitários locais, após um "pedido formal" de assistência da junta militar no poder, que está sob sanções dos EUA, explicou a porta-voz.

"Este é um verdadeiro desastre, e nós vamos ajudar", tinha garantido, na sexta-feira, o Presidente norte-americano Donald Trump.

A porta-voz negou ainda qualquer atraso nesta mobilização que possa estar ligado ao desmantelamento da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que atua rapidamente em caso de um desastre deste tipo.

"Rejeito a noção de que isto seja obviamente o resultado de cortes na USAID e neste tipo de financiamento", disse Bruce em resposta a uma pergunta.

O balanço provisório de vítimas do terramoto em Myanmar aumentou para 2.056 mortos e mais de 3.900 feridos, anunciou a Junta Militar.  Um porta-voz dos militares no poder disse que 270 pessoas continuavam desaparecidas, três dias após o terramoto de magnitude 7,7, que também atingiu a Tailândia.

Myanmar está mergulhado num conflito e numa crise económica desde o golpe militar de 2021, o que está a piorar o acesso e a distribuição de ajuda humanitária.  

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