A Dinamarca vai aumentar o investimento militar por causa da Gronelândia e do Báltico. Esta terça-feira, a primeira-ministra dinamarquesa reuniu com Olaf Scholz e Emanuel Macron.
Primeira paragem foi em Berlim e a segunda em Paris. Mette Frederiksen lidera um pequeno país mas com grande capacidade financeira.
As duas visitas servem para recolher apoio político mas também recordar a necessidade urgente de a Europa ter capacidade militar própria e não depender dos Estados Unidos.
Porque quer Donald Trump comprar a Gronelândia, a maior ilha do mundo?
Para a Dinamarca, a Gronelândia está sob ameaça imediata. Donald Trump repetiu que os Estados Unidos vão acabar por ter a ilha.
A situação de pré-crise é tal em Copenhaga que a primeira-ministra conseguiu um consenso político interno: o apoio ao pacote anunciado de 1 700 milhões de euros a gastar.
10 anos de reforço da presença militar
Ao longo de dez anos, haverá um reforço da presença militar da Dinamarca na Gronelândia e nas Ilhas Faroé para garantir a soberania das duas regiões autónomas.
A Gronelândia, ilha onde os Estados Unidos mantêm uma base militar ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 entre Copenhaga e Washington, conta com uma população de apenas 56 mil habitantes.
Além da sua localização estratégica, esta ilha ártica com dois milhões de quilómetros quadrados (80% dos quais cobertos de gelo) e que procura a independência da Dinamarca, possui vastas reservas minerais e petrolíferas inexploradas.
Mais próximo, outro problema para os países do Mar Báltico. Um outro cabo submarino foi danificado por um navio, proveniente de São Petersburgo, na Rússia.
O incidente aconteceu em águas da zona económica exclusiva da Suécia que apressou o cargueiro e investiga o caso como tentativa de sabotagem, numa altura em que é reforçada a presença militar na região.
O armador do Vezhen garante que foi um acidente, provocado por mau tempo. Chuva e ventos fortes atiraram uma das âncoras borda fora, que terá cortado o cabo submarino entre Letónia e Suécia.