Esta terça-feira, o coronel Carlos Mendes Dias começou por recordar que a compra de territórios é uma prática antiga dos Estados Unidos. Lembrou o caso da aquisição do Louisiana, em 1803, do Alasca, em 1867, e das ilhas virgens, em 1917.
No caso da Gronelândia, o interesse dos EUA no território é antigo e já tinha sido discutido durante as administrações de Andrew Johnson, William Taft e Harry Truman.
De acordo com o coronel, a Gronelândia representa uma posição privilegiada no Oceano Ártico, com implicações militares, como a possibilidade de instalação de bases, e económicas, devido à riqueza de recursos como petróleo, gás natural e terras raras. Além disso, como refere o comentador SIC, a anexação do território enfraqueceria a União Europeia, ao retirar-lhe a maior ilha do mundo e a sua projeção no Ártico.
Para os Estados Unidos, a anexação da Gronelândia vai para além dos interesses materiais: trata-se de um exercício de poder. “O que estamos a tratar é o exercício de poder, e o poder é a revelação da força”, concluiu o coronel Carlos Mendes Dias.