Na primeira conferência de imprensa depois de ter sido confirmado pelo congresso como vencedor das eleições, Donald Trump disse não excluir uma intervenção militar para controlar o Canal do Panamá e a Gronelândia.
O discurso expansionista de Donald Trump, que incluiu também menções ao Canadá, fez soar os alarmes na comunidade internacional e coincidiu com a visita do seu filho Donald Trump Jr à Gronelândia.
Este vasto território situado entre o Atlântico Norte e o Ártico faz parte do Reino da Dinamarca, com um estatuto de autonomia, com Governo e Parlamento próprios. Além da localização estratégica, esta ilha que é a maior do mundo é também rica em minerais.
Em 2019, Donald Trump tinha já sugerido comprar a ilha, onde desde a década de 1950 estão localizadas bases militares dos Estados Unidos. A Dinamarca diz que o futuro da Gronelândia só pode ser decidido pelos seus habitantes, mas diz estar disponível para negociar sobre interesses comuns.
Apesar da vastidão do território, a população não ultrapassa os 60 mil habitantes. Depois da polémica declaração de Trump, o primeiro-ministro da Gronelândia disse que a ilha não está à venda e que os seus habitantes não querem ser nem dinamarqueses, nem ter passaporte dos Estados Unidos.