A rede social TikTok será interditada nos Estados Unidos a partir de amanhã, após uma decisão unânime do Supremo Tribunal. A medida, apoiada por democratas e republicanos, justifica-se por preocupações com a segurança nacional e possíveis casos de espionagem pela China, dado que a plataforma pertence à empresa chinesa ByteDance.
No entanto, a decisão do Supremo Tribunal pode não ser definitiva. Donald Trump já anunciou a intenção de prolongar a atividade do TikTok por mais 90 dias e convidou o CEO da empresa para a sua tomada de posse.
Com 170 milhões de utilizadores no país, metade da população, o impacto do fim do TikTok nos Estados Unidos vai além do entretenimento, afetando pequenos negócios e influenciadores que dependem da plataforma como fonte de rendimento.
Muitos já migraram para a RedNote, uma rede social chinesa semelhante, que levanta preocupações sobre a possibilidade de uma nova investigação.
Apesar da interdição, os 7.000 funcionários do TikTok nos EUA receberam instruções para continuar a trabalhar. A ByteDance não divulgou planos futuros, e Trump, que tentou proibir o TikTok em 2020, parece ter reconsiderado, possivelmente influenciado pelos seus 15 milhões de seguidores na plataforma.