Há um profundo vazio em Curtis, ao passar junto ao que era a sua casa, no bairro de Pacific Palisades, em Los Angeles. O que poderá sentir alguém quando vê um amontoado de cinzas no canto a que chamava de lar? O que lhe sobra, depois do incêndio por aqui ter passado, é praticamente nada.
“Eu perdi tudo. Só tenho o meu carro e o que estiver dentro do carro”, diz Curtis. “É triste saber que toda a gente perdeu algo. Não só esta comunidade. Isto é bastante devastador. Acho que Los Angeles nunca viu nada assim antes. Nem mesmo no terramoto".
Há quem tenha perdido muito, mas não tenha perdido tudo. Entre o desespero, sobra por vezes uma grande lição.
“Ter a família é o mais importante”
Mark Simington, também afetado pelos incêndios, diz que conseguiu retirar da casa “algumas fotografias da família e alguns quadros valiosos”. Apesar das perdas, garante que tem o mais importante.
"Todas as coisas que aqui estão são substituíveis. As pessoas não são tão. Por isso, ter a família é o mais importante.”
As autoridades montaram vários centros de abrigo para quem ou perdeu tudo ou teve simplesmente de fugir.
Perderam-se casas, prédios, lojas. Arderam também escolas e liceus. Quando o fogo passar e as aulas regressarem, muitos vão ficar sem a próxima lição.