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Ficaram viúvos no tsunami mais mortífero da História, mas (juntos) deram uma nova oportunidade ao amor

As imagens no interior deste artigo são violentas e podem ferir suscetibilidades. A reportagem sobre o tsunami mais mortífero da História é da Sky News, televisão parceira da SIC.

SIC Notícias

O tsunami no sudeste asiático foi há 20 anos e ainda persistem as marcas da tragédia. A reportagem da Sky News é em Khao Lack, na Tailândia, onde a comunidade ainda está a recuperar das perdas sofridas no tsunami. Alerta: as imagens são violentas e podem ferir suscetibilidades.

No dia 26 de dezembro de 2004, um terramoto de magnitude 9,1 ao largo da Indonésia gerou ondas gigantescas que varreram também o Sri Lanka, a Índia, a Tailândia e nove outros países do Oceano Índico, libertando uma energia equivalente a 23 mil vezes a potência da bomba atómica de Hiroshima.

Passaram 20 anos desde o pior tsunami da História. Morreram cerca de 230 mil pessoas. Na costa de Khao Lak, na Tailândia, mais de cinco mil perderam a vida.

Suthep estava no seu barco de pesca quando o tsunami surgiu.

"Soube instintivamente que algo estava errado e que era perigoso, mas não sabia que era um tsunami. Quanto mais me movimentava, mais as ondas vinham contra mim. Era tão forte", relata.

Agarrou-se ao depósito de combustível e foi assim que conseguiu sobreviver. Vinte anos depois, ainda "pensa muito" nesse dia.

Perdeu a mãe, o pai, a mulher e a filha. "Dez membros da minha família. Continuo arrasado", afirma.

O marido de Aumpun também morreu. Perdeu a casa, o trabalho, o marido.

Os corpos amontoavam-se. Havia milhares de corpos no chão à espera de ser identificados. Os cientistas estavam perplexos e mal preparados.

Aumpun e Suthep, ambos de luto, acabaram por se juntar. Agora, estão casados há 17 anos. Os "corações uniram-se".

Agora, existem sistemas de alerta para tsunamis. O trauma ainda se faz sentir. Mas há muita esperança e regeneração.

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