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Protestos na Coreia de Sul: Presidente escapa a voto de destituição

A tentativa legislativa sul-coreana de destituir o Presidente Yoon Suk Yeol por causa da imposição da lei marcial, que durou pouco tempo, fracassou hoje depois de a maioria dos deputados do partido conservador no poder ter boicotado a votação.

Teresa Canto Noronha

SIC Notícias

O Presidente da Coreia do Sul escapou a um voto para o destituir, com a maior parte dos deputados do partido que o apoia a boicotarem a votação e abandonarem o parlamento. Na rua, em frente à Assembleia, milhares de pessoas protestam contra a permanência de Yoon Suk Yeol no cargo e alguns pedem mesmo a prisão do chefe de estado.

Mais de 150 mil pessoas juntaram-se em frente ao parlamento, em Seul, para exigir a destituição do Presidente. Muitos foram ainda mais longe e querem que Yoon Suk Yeol seja preso.


A raiva, entre a multidão, foi crescendo, à medida que foi ficando claro que, pelo menos para já, a votação não ia levar ao desfecho desejado, e que o chefe de estado parecia conseguir manter-se no cargo.


A coligação que reúne os partidos da oposição precisava de 200 votos, para destituir o presidente. O que implicava que oito deputados do PPP, o partido do governo, votassem a favor da exoneração de Yoon SuK Yeol. Mas a maior parte dos parlamentares do partido que apoia o chefe de estado abandonaram a Assembleia e boicotaram a votação.

O PPP não quer eleições antecipadas porque sabe que isso daria a vitória à oposição.

Umas horas antes da votação, Yoon Suk Yeol apareceu em público, pela primeira vez depois de ter decretado a lei marcial, numa declaração ao país, feita através da televisão.

Yoon Suk Yeol também garantiu aos coreanos que não voltará a decretar a lei marcial e que deixa nas mãos do partido, e do Governo, a responsabilidade de decidirem o futuro político dele e da Coreia do Sul. A oposição garante que vai continuar a exigir a destituição do presidente e pedir novas votações, até conseguir obrigar o chefe de estado a deixar o cargo.

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