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Presidente da Coreia do Sul fala ao país pela primeira vez desde o fim da lei marcial

Yoon Suk Yeol declarou a lei marcial no país, alegando que era uma proteção do país contra a oposição e as forças comunistas da Coreia do Norte. Seis horas depois, foi obrigado a levantá-la.

The Presidential Office/Reuters

Rita Carvalho Pereira

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, vai falar ao país este sábado. Trata-se da primeira declaração do chefe de Estado depois de ter revogado a lei marcial que impôs, na última terça-feira. 

O discurso do presidente sul-coreano surge numa altura em que o Parlamento se prepara para votar a sua destituição. 

Na terça-feira, Yoon Suk Yeol declarou a lei marcial no país, alegando que procurava proteger o país contra as forças comunistas da Coreia do Norte, acusando a oposição de ser simpatizante das mesmas 

Os militares foram enviados para o Parlamento, procurando impedi-lo de funcionar. Ainda assim, a Assembleia Nacional conseguiu aprovar uma moção de censura a exigir o levantamento da lei marcial – e, de acordo com a Constituição da Coreia do Sul, tendo o Parlamento tomado esta decisão por maioria, o chefe de Estado fica obrigado a acatá-la. Dito e feito. Seis horas depois, YoonSukYeol acabaria por levantar a lei marcial.  

Desde então, o presidente sul-coreano está a enfrentar forte resistência no país. O líder do próprio partido de Yoon afirmou que o chefe de Estado era um perigo para a Coreia do Sul e que precisava de ser removido do poder. Os deputados do partido haveriam, contudo, de afirmar mais tarde que, ainda assim, iriam votar contra a destituição do presidente 

O Ministério Público, a polícia e o Gabinete de Investigação da Corrupção para Altos Funcionários da Coreia do Sul abriram inquéritos a YoonSukYeol e a altos funcionários envolvidos no decreto da lei marcial. Deverá ser acusado, entre outros crimes, de abuso de poder. 

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