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Como um vídeo do TikTok ajudou a resolver crime cometido há três anos

Um utilizador reconheceu o suspeito através de um vídeo no TikTok e avisou a Embaixada dos Estados Unidos. Foi detido agora, três anos depois do crime na Cidade do México, onde vivia com um nome falso, e estava perto de se tornar sem abrigo.

ATU Images/Getty Images

Rita de Sousa

Passaram três anos desde que Joana Peca, de 27 anos, foi assassinada em São Petersburgo, na Flórida. O suspeito do crime foi agora detido e tudo graças a um vídeo do TikTok.

No final do mês passado, um utilizador, ao deparar-se com a publicação, reconheceu o homem e avisou a Embaixada dos Estados Unidos. Publicado 10 dias após o tiroteio, o vídeo, que foi partilhado centenas de vezes, mostra uma reportagem de um canal de notícias da Flórida, que inclui uma fotografia do suspeito.

Suspeito seria ex-namorado da jovem

Joana Peca foi morta em julho de 2021. Segundo as autoridades, citadas pela CNN, o suspeito, Benjamin Robert Williams, também conhecido como “Bambi”, seria ex-namorado e pai do filho mais novo da jovem que, na altura, tinha apenas quatro meses. 

O crime aconteceu depois de Williams ter persuadido a jovem a encontrar-se com ele num cemitério para que pudesse ver o filho. Joana, que de acordo com a mãe não estranhou a localização, estava sentada no lugar da frente de uma carrinha, com o bebe ao colo, quando o homem se aproximou, disparou várias vezes, e fugiu.

Vivia na cidade do México e utilizava um nome falso

Foi detido agora, mais de três anos depois na Cidade do México. Em conferência de imprensa, a porta-voz da polícia, Yolanda Fernandez, explicou que o homem se deslocava várias vezes àquela cidade , onde vivia com um nome falso, e estava perto de se tornar sem abrigo.

Acabou por ser extraditado para Miami, onde um detetive de São Petersburgo e um polícia o foram buscar no fim de semana. A família de Joana apenas foi informada quando o suspeito já estava detido.

“Não consigo explicar a sensação que tive naquele momento. Foi uma combinação de felicidade e dor”, disse Eleni Peca, mãe de Joana, numa conferência de imprensa na terça-feira. “Lembro-me de dizer: 'Oh meu Deus, oh meu Deus! Tens a certeza? Estava a andar para trás e para a frente pela casa”, cita a CNN.

"Três anos e três meses é muito tempo (...) Ele não verá a luz do dia novamente. Ele está atrás das grades, onde ele pertence", frisou.

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