Os residentes libaneses dizem viver num medo constante, por não saberem se vão ser atingidos pelos ataques a qualquer momento.
“É simples. Não conseguimos viver como deveríamos. É como se estivéssemos vivos, mas não estivéssemos ao mesmo tempo. Estamos vivos, mas não sabemos por quanto tempo. Estamos vivos, mas não sabemos quando os rockets nos vão atingir, a nós e à nossa família. A segurança tornou-se a coisa mais difícil de encontrar no Líbano”, desabafou Nouhad Chaib.
“Fugimos de Dahiyeh, dos ataques e da destruição. Não queremos morrer. Tenho filhos e estou doente e o meu filho está doente desde a explosão em Beirute. Ninguém quer saber de nós”, contou também Mohamed Kanso.
“É claro que ficamos assustados, é algo assustador. Não conseguimos dormir. Ficamos preocupados, eles podem atacar em qualquer lado, podem matar-nos. É isso que nos perguntamos agora. Vamos passear para esquecer a dor e a preocupação”, referiu ainda Intisar.
O Ministro da Saúde do Líbano avançou que só nos ataques desta noite, morreram 37 pessoas e 151 ficaram feridas.
Numa altura em que os ataques em Beirute se intensificam, as autoridades continuam a apelar a que as famílias saiam do país.
As autoridades libanesas confirmam que há neste momento mais de um milhão de deslocados, desde o início dos ataques israelitas.