Mundo

Cheias na Europa Central: Bruxelas avança com 10 mil milhões de euros após devastação

Polónia, Hungria e Itália são alguns dos países mais afetados. A presidente da Comissão Europeia teme que o fundo de solidariedade não seja suficiente para a reconstrução e vai mobilizar fundos de coesão.

Catarina Neves

Daniel Fernandes

Enquanto parte de Portugal arde, alguns países da Europa Central lidam com inundações, causadas pela tempestade Boris. Há já dezenas de vítimas mortais. A Comissão Europeiamobilizou 10 mil milhões de euros para os países afetados. 

Para quem espera no telhado de uma casa inundada, o momento em que os bombeiros chegam pode bem ser o primeiro do resto da nova vida.Muitos seguem para abrigos, onde vão esperar que as chuvas parem e o nível das águas desça. 

A tempestade Boris tem vindo a devastar várias regiões na Europa Central e de Leste e acaba de chegar a Itália. obrigou à retirada de casa de mais de mil pessoas, nas últimas horas, sobretudo no norte do país. 

As escolas estão fechadas. A circulação ferroviária foi suspensa. A recomendação é para ficar nos pisos mais altos dos edifícios e esperar que deixe de chover- o que, em Itália, está previsto que aconteça ao longo desta sexta-feira.   

A primeira-ministra italiana garante que vai ser desbloqueada uma verba de 20 milhões de euros para responder às necessidades mais prementes. 

A imagem das águas do rio Danúbio às portas do parlamento húngaro pode inspirar artistas, mas é uma preocupação para as autoridades da Hungria. 

A água não para de subir.inundou cais, casas, restaurantes e estradas e ameaça entrar no metro. 

Prevê-se que o rio atinja o pico perto de Budapeste no sábado. 

Na Polóniaa destruição causada pelas chuvas intensas também fez estragos: destruiu pontes, estradas, casas. 

Há, como sempre acontece nestes momentos, quem tenha perdido tudo.  

 A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já prometeu apoio. 

“Por um lado, existe o fundo de solidariedade, que podemos utilizar para reconstruir infraestruturas, tais como estradas, autoestradas, caminhos de ferro e pontes, por exemplo”, começou por referir a responsável europeia. Mas penso que isso não será suficiente quando vemos a enorme dimensão da catástrofe. Por isso, discutimos a possibilidade de ir mais além com os fundos de coesão”, adiantou. 

Bruxelas vai mobilizar 10 mil milhões de euros em verbas da coesão para os países da Europa Central e de Leste afetados pelas cheias. 

Últimas