Pode estar iminente uma retaliação do Irão e do Hezbollah contra Israel, depois de o chefe da diplomacia dos Estados Unidos ter dito que pode acontecer ainda esta segunda-feira. A diplomacia iraniana garante que não quer uma escalada das tensões no Médio Oriente, mas que uma punição contra o Estado israelita é inevitável.
O aviso foi deixado esta segunda-feira pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na reunião do G7. O Irão e o Hezbollah podem retaliar contra Israel já nas próximas 24 a 48 horas depois de terem jurado vingar o assassinato dos principais líderes do Hamas e do grupo libanês, na semana passada.
Um ataque "esmagador e inteligente" é como o Parlamento iraniano planeia punir o Estado Israelita, que garantiu responder na mesma moeda e que pode mergulhar todo o Médio Oriente numa guerra com consequências imprevisíveis.
Washington pede contenção e assegura que está a tentar evitar a escalada do conflito, mas a possibilidade de uma guerra regional é uma realidade cada vez mais próxima.
E é por isso que a Turquia, a Itália e o Japão são os países mais recentes a aconselhar os cidadãos nacionais a abandonar a região devido ao escalar das tensões, uma lista que cresce todos os dias e que já inclui Portugal.
Num aviso publicado no Portal das Comunidades Portuguesas, o Ministério dos Negócios Estrangeiros desaconselha em absoluto todas as viagens para o Irão.
Aos portugueses que se encontram no país, devem abandonar o mais rápido possível até que o clima de insegurança seja menor. O Governo lembra que existe a possibilidade de encerramento do espaço aéreo do Irão ou o cancelamento de voos por parte de muitas companhias aéreas.
Também as comunicações para fora do país estão restringidas e as redes sociais bloqueadas. O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano garante que não quer uma escalada militar no Médio Oriente, mas que uma punição contra Israel é necessária e inevitável.